Ao longo dos mais de 30 anos de vida profissional tive o privilégio de estar próximo do que é moderno em termos de tecnologia e gestão.

Vi a computação invadir as áreas industriais e administrativas das empresas e transformar completamente tudo que estava estabelecido. O mundo nessas áreas nunca mais foi o mesmo, sendo impossível viver sem muitos dos recursos tecnológicos criados.

Vi, também, nascerem muitos conceitos de organização para poder se tirar o melhor proveito de todas as tecnologias. Afinal, recursos tecnológicos sem a correspondente capacidade de utilização chega a ser um grande desperdício.

Alguns segmentos da economia sempre entenderam muito bem isso, como é o caso da Agropecuária, onde tenho formação técnica. Nessa área, os grandes recursos tecnológicos foram sempre acompanhados de grande evolução da qualificação dos profissionais envolvidos. Desenvolvemos e aperfeiçoamos os nossos modelos e nos tornamos referência. Não há lugar para empirismo nos grandes empreendimentos de agropecuária e por essa razão, o Brasil é uma grande potência mundial no setor.

Outros segmentos, porém, sempre flertam com o empírico, como é o caso da Indústria, segmento que vivo há muitos anos. Atribuem pouco valor à qualificação e treinamentos, ou treinam segundo modelos importados sem aderência com a realidade do Brasil. Acreditam ser possível trabalhar com equipamentos e processos de alta tecnologia sem treinar exaustivamente os profissionais envolvidos. O resultado disso são profissionais medianos, obtendo resultados medianos e produtos medianos.

Diante dos resultados inferiores aos possíveis, há sempre a alternativa de embalar o que é mediano como bom, e usar o poder de persuasão para provar que está tudo lindo e maravilhoso.

Razão pela qual, na maioria das empresas brasileiras encontramos muitas oportunidades para obter mais resultados dos recursos utilizados, sejam equipamentos ou materiais, e da capacidade das pessoas.

É estranho ver grandes conglomerados empresariais com imenso potencial de evolução, sem que os envolvidos se dêem conta disso.

Nessas horas, lembro da frase do Zé Ramalho, na sua antológica música Avohai:

De fato, existe um tom mais leve na palidez desse pessoal!

Temos imenso prazer em alavancar resultados, fazer as pessoas melhorarem a estima, e os acionistas terem maiores retornos.

Muito pode e deve ser feito para maximizar o aproveitamento dos recursos. Precisamos encontrar as pessoas certas para os lugares certos e, sobretudo, ter metodologia, muito foco e persistência!

Como na Agropecuária, é preciso desbravar, pesquisar, experimentar e ser original. Fugir dos modelos copiados, dos modismos, das simplificações grosseiras e da zona de conforto.

Se buscarmos os diagnósticos honestos e nos dispusermos a fazer o que precisa ser feito, e não o que é fácil e está na moda, certamente seremos também referência em outros segmentos.

De onde saem os profissionais que tornam a Agropecuária sucesso mundial também podem sair profissionais para quaisquer outras áreas.

Basta escolher os modelos certos e trabalhar muito!

Maximizar é preciso!!

Texto Benjamin
Texto Benjamin

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